Pré-eclâmpsia e eclâmpsia são complicações exclusivas de gestantes e puérperas. Geralmente, manifestam-se entre a 20ª semana de gravidez e os primeiros dias após o parto, embora possam ocorrer até a sexta semana pós-parto. Se não tratadas, essas condições representam riscos significativos, tanto para a saúde da mãe quanto do bebê.
Este artigo aborda mais a respeito, enfatizando os fatores de risco e os sinais de alerta. Continue a leitura para esclarecer suas dúvidas!
O que são pré-eclâmpsia e eclâmpsia?
A hipertensão no final da gravidez é um evento comum, podendo evoluir para pré-eclâmpsia e eclâmpsia. Conheça cada uma a seguir.
Pré-eclâmpsia
É caracterizada pelo surgimento de hipertensão arterial durante a gravidez ou pela piora de hipertensão preexistente devido à gestação. Estima-se que entre 3% a 7% das gestantes desenvolvam a condição, que pode persistir até o período pós-parto.
As causas exatas dessa complicação são desconhecidas. No entanto, existem vários fatores de risco conhecidos, incluindo:
- pressão alta crônica;
- histórico de pré-eclâmpsia em gestações anteriores;
- doença renal crônica;
- diabetes;
- obesidade;
- lúpus eritematoso sistêmico (LES);
- primeira gravidez antes dos 18 anos ou após os 35 anos;
- gestação múltipla.
Eclâmpsia
A eclâmpsia se refere a convulsões súbitas em mulheres com pré-eclâmpsia grave, que não foi adequadamente tratada. A condição afeta menos de 1% das gestantes diagnosticadas com pré-eclâmpsia.
Quais são os sinais e sintomas associados?
Muitas mulheres com pré-eclâmpsia leve podem não apresentar sintomas. No entanto, outras podem exibir inchaços nas mãos, nos pés, ao redor dos olhos e/ou no pescoço, assim como petéquias na pele. Essas mulheres também podem ganhar peso rapidamente, excedendo 2,5 quilos por semana.
Nos casos de pré-eclâmpsia grave, podem ocorrer danos significativos a vários órgãos. Esses incluem sintomas como:
- dores de cabeça intensas;
- confusão mental;
- visão distorcida;
- náuseas e vômitos;
- diminuição do volume de urina;
- dificuldade para respirar;
- dor na parte superior direita do abdômen;
- reflexos hiperativos;
- alta pressão arterial persistente;
- convulsões que podem ser fatais se não tratadas imediatamente.
Como é o diagnóstico?
O diagnóstico é baseado na avaliação clínica, incluindo medição da pressão arterial, e testes laboratoriais de sangue e urina. A condição é diagnosticada em mulheres que apresentam:
- sintomas clássicos, especialmente inchaço e dores de cabeça;
- aumento da pressão arterial durante a gravidez;
- excesso de proteína na urina (proteinúria).
Como é o tratamento?
O tratamento pode variar de repouso e dieta balanceada até o uso de medicamentos para reduzir a pressão arterial. Em casos mais graves, pode-se induzir o parto por volta da 37ª semana de gestação. Para prevenir ou interromper convulsões, administra-se sulfato de magnésio intravenoso.
Mulheres com casos graves geralmente são internadas no hospital, possivelmente em unidades de terapia intensiva (UTI). O parto pode ser natural ou por cesárea, dependendo das circunstâncias.
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Após o nascimento, a mulher permanece sob observação por 24 horas, recebendo sulfato de magnésio e sendo monitorada para qualquer complicação. A alta hospitalar costuma ocorrer em dois a três dias, dependendo do tipo de parto.
Como é o pós-parto?
Após o parto, pode ser necessário o uso de anti-hipertensivos por até seis semanas. Mulheres que experienciaram pré-eclâmpsia e eclâmpsia devem consultar seu obstetra frequentemente.
Como prevenir complicações?
O acompanhamento pré-natal é crucial para prevenir ou diagnosticar precocemente as condições. Mulheres com risco moderado a alto podem receber doses baixas de aspirina entre 12 e 36 semanas de gestação.
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