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Evolução das semanas de gestação

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Evolução das semanas de gestação

Quem está grávida, naturalmente, tem curiosidade sobre as mudanças que irão ocorrer ao longo das semanas de gestação. Afinal, além do crescimento do bebê, existem as transformações do corpo feminino, bem como as alterações de humor, de apetite, de sono, entre tantas outras.

Neste guia, mostramos o que de mais importante acontece com a mulher e o bebê ao longo dos nove meses. Mas, como toda gestação é única, esse conteúdo serve apenas como base — e não irá, necessariamente, refletir a verdade para todas, pois cada gestante pode vivenciar as mudanças de forma diferente.

Quer saber mais? Confira!

O que ocorre com a mulher na gestação?

A gestação é dividida em três trimestres. O primeiro se estende até a 12ª semana e é marcado pelos enjoos, sonolência, cansaço, aumento da frequência urinária e desejos (ou repulsa) por determinados alimentos.

O segundo vai da 13ª a 27ª semana, fase em que os sintomas mencionados diminuem. O terceiro vai da 28ª semana ao nascimento. Ele é marcado por desconfortos como incômodo para dormir, dor nas costas, pés inchados, falta de ar, entre outros.

Antes de continuar, é importante entender como é feito o cálculo em semanas. Como não é possível saber exatamente o dia no qual a gravidez começou, deve-se estabelecer um marco objetivo. Por isso, utiliza-se o primeiro dia do ciclo menstrual no qual a gestação foi concebida, ou seja, a “Data da Última Menstruação” (DUM).

Dessa forma, as semanas começam a ser contadas a partir de um dia no qual se sabe que a mulher ainda não estava grávida. Convencionou fazer a contagem dessa forma para que, na população geral, o erro seja o menor possível. Sendo assim, quando a menstruação não vem e o teste de gravidez é positivo, sabe-se que a mulher está, pelo menos, na quarta semana.

A seguir, detalhamos alguns dos principais acontecimentos ao longo desse período. Veja o que as mulheres costumam vivenciar com a evolução das semanas de gestação.

Sinais e sintomas do 1º trimestre

Nas primeiras três semanas, o útero se prepara para a gravidez. No entanto, ainda não é possível notar nenhuma mudança no corpo. O primeiro indício ocorre na quarta semana, com a ausência da menstruação.

Na quinta semana começam a surgir, propriamente, os conhecidos sintomas da gravidez. É o caso:

  • dos enjoos, por vezes, acompanhados de vômitos;
  • do inchaço e aumento da sensibilidade nas mamas;
  • do escurecimento dos mamilos;
  • da vontade de urinar várias vezes ao dia;
  • do cansaço maior do que o habitual; entre outros.

Na sexta semana o peso começa a aumentar — a menos que os enjoos estejam muito intensos. Da sétima a oitava semana as alterações de humor são grandes.

Na nona e na décima semanas a cintura começa a aumentar. No entanto, a gravidez ainda não é aparente.

Na 11ª semana, nota-se que as unhas e os cabelos estão fortes, bonitos e crescendo rapidamente, bem como a pele fica mais oleosa. Na 12ª semana a mulher já se sente com mais energia. A partir de então, o risco de sofrer um aborto diminui consideravelmente.

Sinais e sintomas do 2º trimestre

Na 13ª semana, percebe-se que a parte de cima do abdômen começa a aumentar. Na semana seguinte podem surgir vasinhos nas pernas e/ou no rosto. A partir da 15ª semana o ganho de peso é acentuado.

Nas próximas semanas a futura mamãe começa a sentir o feto mexer. Na 17ª semana o apetite aumenta e pode começar a ser difícil dormir de maneira confortável.

Na 18ª semana o útero pode ser sentido abaixo do umbigo. Ao final do dia, pode-se sentir dor lombar.

Na 19ª semana é comum sentir chutes. Nessa etapa, muitas mulheres começam a apresentar um leve inchaço nos pés e tornozelos.

A 20ª semana marca a metade da gestação. Nessa etapa a cintura já desapareceu e a mulher pode suar mais do que de costume.

Na semana seguinte, muitas começam a ter estrias nos seios e/ou na barriga. Na 22ª semana, pode-se sentir cãibras.

Na 23ª semana, pode-se ter cólicas leves após as relações sexuais. Nas semanas posteriores, os seios crescem consideravelmente. Por volta da 26ª semana, pode-se sentir um pouco de dor nas costelas e, a partir da 27ª semana, dores nas costas, quadril e/ou pernas.

Sinais e sintomas do 3º trimestre

A entrada no último trimestre é marcada pela dificuldade para dormir. Por volta da 29ª semana, pode-se sentir falta de ar e a pressão arterial pode subir.

Na 30ª semana, pode-se apresentar queixas de desconforto na pélvis e no abdômen. Na 31ª semana, as estrias se tornam mais perceptíveis.

A partir da semana seguinte, algumas mulheres notam um líquido amarelado (colostro) vazando de suas mamas. Nessa fase o desejo sexual tende a diminuir.

Na 33ª semana, fazer refeições mais frequentes e menores as deixam mais confortáveis. Na 34ª semana, o útero começa a se contrair, embora ainda não seja possível sentir as contrações do trabalho de parto. Essas são as famosas contrações de treinamento.

Nas semanas seguintes, o ânimo se alterna entre fadiga e picos de energia. A compressão dos nervos pode provocar dormência nos dedos das mãos e/ou dos pés.

A partir da 37ª semana o ganho de peso diminui. Nessa etapa, a necessidade de urinar é maior do que em qualquer outro momento da gestação.

Com a chegada a 38ª semana, apesar de a barriga estar do mesmo tamanho, o desconforto parece maior. Até a 41ª semana, o trabalho de parto pode começar a qualquer momento.

E como é o desenvolvimento do bebê?

Agora é hora de “espiar” as mudanças nas semanas de gestação dentro do útero. Ao final do primeiro trimestre, o bebê mede entre 6,25 a 7,5 cm e pesa entre 14 e 18g.

No segundo trimestre, formam-se as principais estruturas dos órgãos. É nessa fase em que se descobre o sexo do bebê.

No terceiro trimestre, as estruturas completam seu desenvolvimento e o bebê ganha peso, ficando pronto para o nascimento. Conheça os detalhes de cada semana a seguir!

Desenvolvimento fetal no 1º trimestre

O embrião se forma na terceira semana e tem, aproximadamente, o tamanho de uma cabeça de alfinete. Na semana seguinte acontece a implantação no útero.

Ainda na quarta semana, começa a formação do saco amniótico (que oferece um ambiente seguro e aquecido) e o desenvolvimento da placenta (que nutre o embrião). A essa altura, ele ainda é menor do que um grão de arroz.

Na quinta semana, começa o desenvolvimento do coração, medula espinhal, cérebro, músculos e ossos. Ocorre, também, a formação do cordão umbilical. Além disso, os cromossomos já determinam o sexo e as cores dos olhos e cabelos.

Na sexta semana, o embrião adquire a forma semelhante a um girino. Na próxima semana, outras partes, como narinas, olhos e bocas, começam a se desenvolver.

Na oitava semana, surgem os dedos dos pés. Além disso, o trato digestivo e os órgãos sensoriais também começam a se desenvolver.

Na nona semana, ele passa a ser um feto tem o tamanho de um amendoim. Sua cabeça fica mais ereta e o pescoço se desenvolve. O esqueleto está sendo formado, mas os ossos ainda são macios.

Na décima semana, os braços e pernas se tornam mais longos e podem se dobrar nos cotovelos e joelhos. Além disso, os dedos dos pés e das mãos são separados.

Na 11ª semana, os órgãos genitais já estão se desenvolvendo, embora o sexo ainda não possa ser determinado por ultrassom. Na 12ª semana, o feto está totalmente formado.

Desenvolvimento fetal no 2º trimestre

Na 13ª semana, os olhos do feto se movem para a posição correta. A cabeça, no entanto, continua desproporcional em relação ao corpo.

Na 14ª semana, as orelhas se direcionam para as laterais da cabeça, o pescoço fica mais longo e o queixo mais proeminente. À essa altura, o feto começa a reagir aos estímulos externos, como a claridade.

Na 15ª semana, o feto fica coberto por uma penugem, chamada lanugo. Os cabelos e as sobrancelhas também começam a crescer.

Na 16ª semana, o sistema nervoso está em pleno funcionamento e o feto já consegue bocejar, chupar o polegar, entre outros movimentos. Na 17ª semana ele se torna capaz de colocar a mão na boca.

Na 18ª semana, os ouvidos estão funcionando e o feto passa a escutar os sons externos. Na seguinte, as principais vias aéreas começam a se desenvolver. Na 20ª semana, ele se move com frequência e adora colocar pés e mãos na boca.

Na 21ª semana, o feto começa a ganhar gordura e seus órgãos continuam amadurecendo. Sua pele, por sua vez, fica recoberta pelo vérnix caseoso.

Na 22ª semana, ele se torna capaz de reagir aos sons e melodias. Na semana seguinte, pode começar a soluçar.

Com 24 semanas, o feto já é considerado capaz de sobreviver fora do útero (por isso, daqui para frente, vamos chamá-lo de bebê). Nessa fase, ele já produz glóbulos brancos, essenciais para a imunidade.

Na 25ª semana, sua pele se torna mais opaca do que transparente. Na 26ª semana, a audição está totalmente desenvolvida e, na 27ª semana, o bebê ganha tônus muscular.

Desenvolvimento fetal no 3º trimestre

Começa a reta final da gravidez. Na 28ª semana, o bebê é capaz de sonhar. Na seguinte, seu sorriso começa a aparecer nos ultrassons. Já na 30ª semana, seu corpo passa a controlar a própria temperatura corporal.

Na 31ª semana, o bebê consegue distinguir as vozes mais familiares. Nessa fase, ele começa a ganhar peso rapidamente, sendo que na 32ª semana já preenche quase todo o útero.

A partir da 33ª semana, o bebê ganhará mais da metade do seu peso ao nascimento. Por isso, seus movimentos ficam mais reduzidos, devido à falta de espaço.

Na 34ª semana, ele deve começar a se encaixar, posicionando-se de cabeça para baixo. Os órgãos, com exceção dos pulmões, estão quase totalmente maduros.

Na 35ª semana, o bebê treina os movimentos respiratórios. Na seguinte, consegue piscar e as unhas alcançam o final dos dedos.

Na 37ª semana, o bebê fica mais rechonchudo e sua pele vai se desenrugando. Seus ossos e músculos estão prontos para o mundo externo.

Na 38ª semana, o lanugo e o vérnix caseoso começam a desaparecer. Nessa fase, o bebê recebe os anticorpos maternos.

Na 39ª semana, os pulmões finalmente atingem a maturidade. Assim, o bebê poderá respirar e chorar. Na 40ª semana, em média, chega a tão esperada hora do nascimento!

Como converter as semanas de gestação em meses?

Você sabe por que a gestação é medida em semanas, não em meses? Porque os meses têm quantidades de dias variados e as semanas não. Assim, trata-se de uma forma de deixar o cálculo da idade gestacional mais preciso.

A seguir, veja como converter as semanas de gestação em meses:

  • 4 semanas e meia correspondem a 1 mês;
  • 9 semanas correspondem a 2 meses;
  • 13 semanas e 2 dias correspondem a 3 meses;
  • 17 semanas e 5 dias correspondem a 4 meses;
  • 22 semanas e 1 dia correspondem a 5 meses;
  • 26 semanas e 4 dias correspondem a 6 meses;
  • 31 semanas correspondem a 7 meses;
  • 35 semanas e meia correspondem a 8 meses;
  • 40 semanas correspondem a 9 meses.

Agora que você sabe como se dá a evolução nas semanas de gestação, lembre-se: o acompanhamento especializado ao longo de todo o pré-natal é imprescindível. O mesmo vale para a assistência humanizada ao parto e nascimento. Portanto, escolha a melhor equipe para acompanhá-la nessa jornada e curta cada momento!

Se estiver em Florianópolis, SC, conte com os especialistas do Espaço Binah. Entre em contato e agende sua consulta!

Ginecologista, obstetra e diretor técnico do Espaço Binah - CRM/SC 13.883 | RQE: 9909

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