Endometriose

Endometriose

A endometriose é uma doença inflamatória crônica, benigna e relativamente comum, cujos sintomas variam de mínimos a extremamente debilitantes. Trata-se de uma condição estrógeno-dependente, que afeta, principalmente, mulheres em fase reprodutiva. A boa notícia é que o tratamento da endometriose, com o devido acompanhamento a longo prazo, ajuda bastante!

A seguir, saiba mais sobre a doença e seus principais sintomas, bem como formas de diagnóstico e possíveis tratamentos. Confira!

O que é endometriose e quais são seus principais sintomas?

Endometriose é uma condição na qual fragmentos de tecido endometrial crescem para além do endométrio (camada que reveste o útero internamente). Sua causa exata ainda não é conhecida, mas sabe-se que é mais comum entre parentes de primeiro grau.

A doença nem sempre provoca sintomas. Mas, quando presentes, o principal é a dor pélvica ou na região inferior do abdômen, sobretudo, antes e durante a menstruação, bem como nas relações sexuais. Outra complicação comumente associada é a infertilidade.

Aqui, cabe uma observação: na gravidez e após a menopausa, a endometriose, normalmente, fica inativa. Na gestação, isso ocorre pela ausência da menstruação e pela supressão do crescimento e desenvolvimento das lesões de endometriose pelos altos níveis de progesterona. Já na menopausa, a concentração dos hormônios femininos (estrogênio e progesterona) reduz drasticamente, o que também leva a uma “atrofia” da endometriose.

Por que o diagnóstico dessa condição é “subestimado”?

Estima-se que entre 6 e 10% das mulheres tenham endometriose. O percentual real, porém, pode ser bem maior, visto que muitas passam a vida toda sem receber um diagnóstico preciso.

Isso ocorre porque que a constatação definitiva do quadro exige a visualização do tecido endometrial ectópico, presente nos ovários, colo do útero, bexiga ou em locais mais distantes. E isso, por sua vez, só é possível por meio de um procedimento cirúrgico.

Como se dá a ocorrência do problema?

Os focos de tecidos endometriais ectópicos reagem aos estímulos hormonais. Assim, podem provocar dor e sangramento com gravidades variadas, dependendo do local onde se encontram.

Para complicar, a doença tende a progredir. Dessa forma, pode ocorrer:

  • o aumento do tamanho da lesão endometrial;
  • a penetração para além da superfície;
  • a formação de nódulos;
  • a inflamação dos tecidos adjacentes;
  • o aparecimento em novos lugares.

Como é feito o seu diagnóstico?

Achados em exames de imagem (como ultrassonografias ou ressonâncias magnéticas) podem sugerir a presença da doença. No entanto, a confirmação do diagnóstico só pode ser feita por meio da laparoscopia (ou videolaparoscopia).

Para realizá-la, o médico faz uma pequena incisão (de 5 a 10 mm), próxima ao umbigo, e insere um tubo de visualização. Assim, pode procurar e retirar as lesões endometrióticas presentes na pelve ou na cavidade abdominal. Na maioria das vezes, o material coletado segue para biópsia.

Para determinar o grau do problema, considera-se:

  • o tamanho das lesões;
  • o local onde estão instaladas;
  • a profundidade a qual se encontram;
  • a presença, ou não, de endometriomas (endometriose no ovário) e aderências.

Com base nesses critérios, a endometriose é classificada como:

  • mínima (estádio I);
  • leve (estádio II);
  • moderada (estádio III);
  • grave (estádio IV).

Como é o tratamento da endometriose?

A estratégia terapêutica varia conforme a gravidade da doença, bem como a idade e o desejo, ou não, da mulher engravidar. Assim, o tratamento da endometriose pode:

  • limitar-se ao uso de medicação oral, como anti-inflamatórios não esteroides, para alívio da dor, ou contraceptivos, para suprimir a função dos ovários;
  • exigir a realização de uma cirurgia ginecológica conservadora, para remoção do tecido endometrial exógeno e possíveis endometriomas, por meio da videolaparoscopia com excisão ou ablação das lesões;
  • necessitar de uma cirurgia ginecológica radical, para retirada do útero (histerectomia) e, por vezes, das tubas uterinas e dos ovários (ooforectomia).

Como funciona a videolaparoscopia?

videolaparoscopia, quando possível, é a abordagem ideal. Sua indicação para tratamento da endometriose se baseia nos sintomas apresentados, como a infertilidade sem causa aparente. O procedimento é realizado em centro cirúrgico, normalmente, sob anestesia geral.

No entanto, por mais bem feita que seja sua realização, as lesões endometrióticas costumam reaparecer. Para prevenir a recidiva, bem como a necessidade de múltiplas cirurgias, as sociedades médicas recomendam tratar a endometriose como um problema crônico, que deve ser gerido ao longo da vida.

Nesse sentido, a terapia de prevenção pós-videolaparoscopia deve ser feita com o uso de medicamentos, escolhidos de maneira individualizada. É o caso do DIU de levonorgestrel, dos anticoncepcionais orais (estrogênios-progestágenos ou somente progestágenos) ou dos análogos de GnRH.

Onde realizar cirurgias para endometriose em Florianópolis?

Quem precisa realizar uma videolaparoscopia para diagnóstico e tratamento da endometriose em Florianópolis (SC), pode contar com a equipe interdisciplinar de especialistas do Espaço Binah. Há uma década, realizamos esse e outros procedimentos ginecológicos, com o intuito de devolver o bem-estar e a qualidade de vida às mulheres acometidas pelo distúrbio.

Esperamos que o conteúdo tenha sido esclarecedor. Mas, em caso de dúvidas, entre em contato pelo site, telefone (48 3209-6658) ou WhatsApp (48 99110-6658).

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