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Laparoscopia ginecológica: entenda o que é e quando é indicada

Atualizado em: 2/06/23 | Ginecologia

Laparoscopia ginecológica: entenda o que é e quando é indicada

A laparoscopia ginecológica é um procedimento indicado no diagnóstico e tratamento de doenças benignas e malignas do aparelho reprodutor feminino. Com diferentes indicações, ela pode ser executada por abordagem convencional ou robótica, sendo considerada uma das cirurgias mais realizadas no mundo.

Neste artigo, mostramos como é realizado, quando é indicado e quais são as suas principais vantagens. Veja, também, onde realizar o procedimento em Florianópolis, SC.

O que é a laparoscopia ginecológica?

A cirurgia ginecológica laparoscópica é o tratamento de escolha para endometriose, gravidez ectópica, entre diversas outras condições. A abordagem minimamente invasiva dispensa a realização de um grande corte abdominal, possibilitando que os tratamentos sejam feitos por meio de pequenas incisões.

Assim, quando comparada à laparotomia (cirurgia aberta), a laparoscopia se mostra mais segura, pois o risco de sangramentos e infecções é menor. Ela também possibilita uma recuperação mais rápida, com menor desconforto pós-operatório e retorno precoce às atividades de rotina. Além disso, os resultados estéticos são consideravelmente melhores.

Quais são as indicações para realizá-la?

Entre as indicações para a laparoscopia ginecológica diagnóstica, destacam-se as investigações de dor pélvica crônica, bem como de infertilidade inexplicável. Para isso, muitas vezes é necessário coletar uma pequena amostra de tecido da área afetada, enviando-a para análise laboratorial (biópsia).

Já em relação às indicações terapêuticas, pode-se citar o tratamento de:

  • aderências (cicatrizes);
  • endometriose;
  • adenomiose;
  • doença inflamatória pélvica (DIP);
  • torção de ovário;
  • gravidez ectópica (fora do útero); entre outras condições.

O procedimento também contribui com a realização da:

  • laqueadura (ligadura de trompas);
  • remoção de alguns tipos de miomas (miomectomia assistida por laparoscopia);
  • remoção de cistos ovarianos (cistectomia assistida por laparoscopia);
  • remoção de um ou ambos os ovários (salpingo-ooforectomia assistida por laparoscopia), geralmente, associada à minilaparotomia ou à colpotomia;
  • remoção do útero (seja por histerectomia vaginal assistida por laparoscopia, histerectomia laparoscópica ou histerectomia supracervical laparoscópica);
  • alguns procedimentos oncológicos, como linfadenectomia pélvica e periaórtica.

Existem contraindicações ao procedimento?

Existem poucas contraindicações absolutas à laparoscopia ginecológica. A principal delas é a instabilidade hemodinâmica (pressão arterial anormal) resultante de gravidez ectópica rompida.

No entanto, há diversos fatores de risco para a sua realização, os quais devem ser avaliados individualmente. É o caso da obesidade, da idade avançada, da cirurgia abdominal prévia e da presença de doenças cardíacas ou pulmonares.

Sendo assim, antes de receber a indicação para o procedimento, a paciente realiza exames de sangue e de urina. Caso seja detectada alguma alteração, como anemia, infecção do trato urinário, é preciso tratá-la previamente.

Em pacientes com condições cardíacas ou pulmonares preexistentes, assim como naquelas com suspeita de malignidade ginecológica, é necessário fazer uma radiografia torácica. Já em pacientes com anomalias uterinas, endometriose grave ou massa pélvica fixa, realiza-se um pielograma intravenoso (ou ultrassonografia renal).

O eletrocardiograma (ECG) pré-operatório costuma ser necessário para mulheres com mais de 50 anos. No entanto, dependendo das condições clínicas individuais, também pode ser indicado para as mais jovens.

Como é a sua realização?

Na cirurgia laparoscópica, em vez de cortes, realizam-se pequenas incisões. Na maioria das vezes, essas se encontram abaixo do umbigo, na região supra púbica e em diferentes locais, conforme a necessidade individual. Em média, são necessárias três incisões, com 5 mm a 10 mm cada.

O procedimento costuma ser feito em posição ginecológica, sob anestesia geral e, por vezes, com intubação endotraqueal (para diminuir o risco de aspiração). No entanto, em alguns casos a cirurgia pode ser realizada sob sedação consciente.

Como é o pós-operatório?

Os sintomas após a realização da laparoscopia ginecológica melhoram progressivamente, desaparecendo entre três e sete dias. É o caso da dor e do retorno à função intestinal normal.

Na ausência de complicações, geralmente, a paciente pode voltar às suas atividades de rotina em 72 horas. A exceção é a recuperação da histerectomia laparoscópica, a qual exige repouso relativo nas primeiras semanas.

Onde realizar cirurgias ginecológicas em Florianópolis?

Apesar de minimamente invasiva, a cirurgia laparoscópica implica em riscos intraoperatórios e pós-operatórios. Entre eles, pode-se destacar as infecções, os sangramentos e as lesões de diversas estruturas e órgãos abdominais, bem como os riscos referentes à anestesia.

Dessa maneira, a laparoscopia ginecológica deve ser realizada em um centro de referência em cirurgias ginecológicas. Se você está à procura de especialistas para fazer o procedimento em Florianópolis, conte com o Espaço Binah. Aqui, reunimos um corpo clínico experiente e altamente capacitado, bem como as mais modernas tecnologias médicas.

Esperamos que o artigo tenha sido esclarecedor. No entanto, se ainda tiver alguma dúvida a respeito, entre em contato para que possamos ajudar!

Ginecologista, obstetra e diretor técnico do Espaço Binah - CRM/SC 13.883 | RQE: 9909

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