A alimentação saudável é essencial na gestação. Por outro lado, a subnutrição e a supernutrição (ambiente obesogênico) são associadas a resultados adversos. Dessa maneira, a grávida vegana precisa de uma dieta equilibrada e suplementação oral, de modo a garantir que as necessidades desta fase sejam devidamente supridas.
Neste artigo, mostramos como isso é possível, destacando o papel da nutrição funcional. Se você não consome produtos de origem animal e está gestante ou pretende engravidar em breve, vale a pena conferir!
Quais cuidados a grávida vegana precisa ter?
Durante a gravidez, a fisiologia da mulher muda e as exigências nutricionais aumentam. Por isso, é preciso ter uma ingestão de macronutrientes e micronutrientes adequada ao período.
Considerando que o estado nutricional materno é um fator de risco modificável para uma série de problemas, deve-se avaliá-lo, monitorá-lo e promover as melhorias necessárias. Do contrário, corre-se o risco de ocorrerem efeitos maternos e fetais adversos, tais como:
- diabetes gestacional;
- anomalias congênitas;
- parto prematuro;
- baixo peso ao nascer;
- comprometimento do desenvolvimento neurocognitivo;
- maior tendência a desenvolver doenças nas células ao longo da vida.
Além disso, como toda mulher, recomenda-se que a grávida vegana esteja com o índice de massa corporal (IMC) adequado e um estado nutricional saudável quando for conceber. Afinal, isso ajuda na recuperação do parto e no aleitamento.
Como deve ser a dieta de uma gestante vegana?
Muitas gestantes têm problemas relacionados à má alimentação, pois consomem opções ultraprocessadas em excesso e menos do que o recomendado de vegetais e produtos lácteos. Para boa parte delas, isso explica o ganho de peso excessivo e a carência de micronutrientes essenciais, principalmente, ferro e folato.
As gestantes veganas, por outro lado, têm a vantagem de saber fazer boas escolhas alimentares. O “perigo”, no caso delas, é não ter uma dieta suficientemente equilibrada do ponto de vista nutricional. Geralmente, há deficiência de vitamina B12, ferro, zinco e iodo.
Assim, a grávida vegana pode continuar se alimentando à base de legumes, verduras, leguminosas, cereais, tubérculos, raízes, frutas e algas marinhas. Porém, precisa investigar e suprir eventuais carência nutricionais, essenciais ao crescimento e desenvolvimento fetal, bem como à prevenção de complicações maternas.
Quais são os riscos da deficiência nutricional na gestação?
As dietas veganas sem acompanhamento especializado tendem a se tornar desequilibradas. Com isso, podem provocar danos à saúde da gestante e do bebê, tais como:
- anemia perniciosa (materna, fetal e neonatal), abortamento, parto prematuro, pré-eclâmpsia, baixo peso e crescimento, defeitos do tubo neural, anencefalia, entre outros, no caso da hipovitaminose de vitamina B12 (encontrada nas algas marinhas);
- anemia ferropriva materna e fetal, taquicardia, dispneia, palidez, entre outros, devido à deficiência de ferro (encontrado nas algas marinhas, feijões, lentilhas, soja, grão-de-bico, folhas verde-escuras, castanhas e grãos integrais);
- aborto espontâneo, atraso no crescimento intrauterino, prematuridade, malformações fetais, entre outros, por conta dos baixos níveis de zinco (encontrado em legumes e cereais integrais);
- abortamento, hipotireoidismo, baixo peso ao nascer, déficits cognitivos, entre outros, dada a carência de iodo (encontrado no sal de cozinha).
De que maneira a nutrição funcional pode ajudar?
Vegana ou não, é importante avaliar e monitorar a alimentação materna antes e durante a gravidez e, se preciso, fazer alterações para melhorar a nutrição. Afinal, independentemente do regime alimentar existe uma relação direta entre dieta e saúde da mulher e do bebê.
Nessa hora, o acompanhamento de um nutricionista funcional faz toda a diferença. Esse profissional dá dicas de como devem ser as combinações alimentares, para potencializar a absorção dos nutrientes.
Além disso, prescreve suplementos orais, a fim de prevenir as deficiências nutricionais mais comuns. É o caso, por exemplo, do sulfato ferroso ingerido com uma fonte de vitamina C (fruta cítrica), para aumentar a absorção do ferro.
É possível manter a dieta vegana sem prejudicar a gravidez?
Com certeza. A grávida vegana — se bem nutrida e suplementada — pode ter uma gestação saudável e sem prejuízos ao crescimento e desenvolvimento do bebê. Dessa maneira, pode continuar se abstendo de produtos de origem animal, o que previne doenças cardiovasculares, diabetes, câncer, entre outras enfermidades. Mas, é imprescindível incluir consultas com o nutricionista funcional no acompanhamento pré-natal e seguir suas orientações à risca!
No Espaço Binah, cuidamos da alimentação das mulheres zelando pela individualidade de cada uma. Se estiver em Florianópolis e na região, entre em contato e agende uma consulta com nossa nutricionista funcional!